segunda-feira, 31 de agosto de 2015

EDITORIAL: Nem a grave crise econômica induz a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Paraíba do Sul a adotar medidas para reduzir gastos

A grave crise econômica que atualmente castiga severamente os brasileiros, e que foi produzida dentro do Palácio do Planalto sob o comando da presidente Dilma Rousseff (PT), arrastou todos os entes da federação (estados e municípios) para o mesmo buraco do Governo Federal. - Já tratamos deste assunto num outro editorial (Confira AQUI).

Esse efeito dominó que derruba a estabilidade das contas públicas em todos os níveis de governo, se deve ao nosso modelo federativo - que fora criado para garantir a independência administrativa, econômica e política entre estados e municípios, em relação ao governo central -, mas que na verdade, aqui no Brasil, na prática não existe. Só está no papel.

Mas como não adianta chorar sobre o leite que já se derramou, o que nos resta, - além de pagar a conta por termos um governo com dirigentes tão incompetentes e irresponsáveis -, é trabalhar e trabalhar.

Por serem o lado mais frágil desta corda, os municípios se encontraram à beira do caos. E, em apuros, quase todos os prefeitos se viram obrigados a cortar na própria carne e anunciar grandes cortes em praticamente todas as áreas. Foi o que fez, por exemplo, os prefeitos de Paraíba do Sul e Três Rios.

No caso de Paraíba do Sul, o prefeito anunciou também o corte 10% do próprio salário e o dos membros do alto escalão de governo, além de reduzir o expediente e efetuar demissões de funcionários de cargos comissionados.

Em contra partida, ainda em Paraíba do Sul, o mesmo esforço de austeridade ainda não se viu da Câmara de Vereadores - atualmente é presidida pelo vereador Claudão. A Mesa Diretora do Poder Legislativo e os demais edis deveriam contribuir neste momento de turbulência e escassez e anunciar aos sulparaibanos medidas sérias de redução de despesas e efetuar um enxugamento na máquina. Deveriam provar que realmente estão preocupados, começando a cortar na própria carne, reduzindo os próprios salários e de seus assessores.

Sim, senhoras e senhores, os nossos parlamentares poderiam reduzir seus próprios salários. É o que vem acontecendo em várias casas legislativas em todo o Brasil. Foi o que fez o presidente da Câmara de Vereadores do município de Perdões, em Minas Gerais, no última dia (24). O salário dos vereadores, após várias rodadas de negociações, foi reduzido de R$6.323, para R$ 3.691,72. Uma redução muito significativa.

Quanto ganha um vereador em Paraíba do Sul ?

Qual é exatamente o salário dos vereadores de Paraíba do Sul? É o que a nossa equipe tentou saber acessando o site da Câmara Municipal, mas infelizmente não conseguimos saber, já que no "Portal da Transparência" não há nenhum tipo de informação. Mas de acordo com dados não oficiais, - já que tentamos ter
 acesso aos dados oficiais e não conseguimos devido à falta de transparência da atual Mesa Diretora presidida por Claudão -, os nossos parlamentares recebem cerca de R$ 6 mil. (Mais ou menos o que recebiam os vereadores de Perdões-MG). 

Se você, cidadão sulparaibano quiser, por exemplo, acompanhar a excussão orçamentária da Câmara, via internet, você dará com os burros n'água.