Em Paraíba do Sul, Núcleo Municipal de Ensino Especializado se recupera após enchente e segue com suas atividades

Artesanato dos alunos do Numees de Paraíba do Sul

Em janeiro, o Numees (Núcleo Municipal de Ensino Especializado) sofreu com a enchente que atingiu Paraíba do Sul. O núcleo de ensino teve grandes prejuízos perdendo documentos, fotos, trabalhos manuais dos alunos e todos os utensílios feitos de madeira, como portas e cadeiras. Porém, o atendimento aos alunos continuou normalmente e muitas coisas já foram recuperadas.

O Numees foi criado para atender crianças que não possuem condições médicas de frequentar a escola regular, mas que precisam estar inseridas na sociedade buscando progredir física e mentalmente.

Atualmente a escola possui 59 alunos, que têm acesso à alfabetização e atividades pedagógicas, que proporcionam o desenvolvimento intelectual. Os alunos contam também com a presença de uma fisioterapeuta, que atende cerca de 30 alunos, que possuem limitações motoras e que, através das sessões periódicas de fisioterapia, evoluem e superam seus limites.

A escola funciona nos turnos matutino e vespertino, e os alunos da zona rural estudam em turno intermediário, permanecendo no núcleo das 9 às 15 horas. O Numees oferece café da manhã, lanche, almoço e café da tarde aos alunos, e, além disso, os alunos dispõem de um ônibus que para transportá-los.

Deficientes visuais recebem aulas gratuitas de informática e artesanato

A professora Rosana Melo, que também deficiente visual, ministra aulas de informática e artesanato para os alunos da rede municipal e possui um horário aberto para toda a população. As aulas são realizadas todas as quartas das 8 às 17 horas. Os alunos das escolas municipais são levados aos Numees no turno contrário ao que estudam e desenvolvem suas habilidades tanto no campo digital, como manual.

"Este projeto traz independência, dignidade e autonomia para quem deficiente visual. Quem não enxerga é muito dependente de outra pessoa para fazer quase tudo. Com estas aulas, estamos inserindo o deficiente de volta no meio social, para que se sintam seguros para realizar tarefas, andar sozinhos na rua e até conseguir uma posição no mercado de trabalho. Graças ao prefeito Marcinho, o projeto está transformando a vida dos deficientes visuais", afirmou Rosana.