Planilha entregue pela empreiteira à PF, traz a relação de doações feitas para as campanhas da presidente.
Os executivos da segunda maior empreiteira do país são os primeiros a vincular propinas por obras públicas às doações legais para para campanha de Dilma, o que já havia sido mencionado por operadores do esquema.
As informações sobre a delação de Azevedo foram divulgadas pelo jornal "Folha de S.Paulo" e uma planilha entregue à Polícia Federal traz a relação de doações feitas em 2010, 2012 e 2014. Entre os valores listados, cerca de R$ 10 milhões teriam ido para campanhas de Dilma, vinculados a contratos com obras públicas superfaturadas.
Já o jornal "O Globo" publicou que Azevedo disse que parte do dinheiro repassado teria como origem obras superfaturadas para a construção do Complexo Petroquímico do Rio, de Angra 3 e da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A delação também faz referência a irregularidades em obras para estádios da Copa do Mundo, em 2014, como Maracanã (Rio), Mané Garrincha (Brasília) e a Arena Amazonas (Manaus) – neste caso, estariam vinculadas a político do PT e do PMDB.