quinta-feira, 22 de maio de 2014

Investigadores da PF apuram existência de organização criminosa na Petrobras

Investigadores da Polícia Federal apuram a ligação entre a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e o esquema de lavagem de dinheiro denominado Operação Lava Jato, que envolve suspeitas sobre obras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Há suspeitas de uma possível “organização criminosa” que estaria atuando “no seio” da estatal de petróleo.

As informações estão no jornal O Estado de S. Paulo na sua edição desta quinta-feira (22).

Os dois casos têm um personagem em comum: o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que ficou no cargo entre os anos de 2004 e 2012.

A Lava Jato foi deflagrada em março para desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro em diversos Estados da Federação. De acordo com as informações fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), integrantes do esquema teriam movimentado até R$ 10 bilhões.

Uma das suspeitas da PF é de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras atuou como elo entre o doleiro e a estatal. Costa teria atuado, por exemplo, em contratos de obras da Petrobras tocadas pelo consórcio liderado pela empreiteira Camargo Corrêa na refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco.

O ex-diretor da Petrobras nega ter participado de ilegalidades envolvendo a estatal. Procurada na noite de ontem, a Petrobras informou que não tinha conhecimento da nova linha de investigação da Polícia Federal.