sexta-feira, 17 de abril de 2015

Governo Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal, afirma TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, na quarta-feira (15), por unanimidade, relatório que considera as manobras fiscais realizadas pelo Tesouro Nacional com dinheiro de bancos públicos federais como crime de responsabilidade fiscal. As informações são da reportagem desta quinta-feira (16) da Folha de S. Paulo.

Com a decisão, 17 autoridades do governo Dilma Rousseff terão de explicar ao tribunal essas operações, também conhecidas como “pedaladas fiscais”. Entre elas, estão o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o ex-secretário de Política Econômica Nelson Barbosa (hoje ministro do Planejamento), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine (hoje na Petrobras).

Em agosto do ano passado, a Folha já havia destacado que o Tesouro segurou repasses de recursos destinados a pagar benefícios sociais, o que levantou suspeita do BC, pois a manobra poderia ser caracterizada como empréstimo dos bancos ao governo, algo proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As pedaladas aumentaram artificialmente os resultados e melhoraram as contas da União.

Segundo o texto do relator do processo, José Múcio Monteiro, “deixar de inserir no Orçamento as autorizações de gasto de natureza orçamentária e as respectivas fontes de financiamento (…) é atitude que se mostra incompatível com o ordenamento jurídico vigente. Tais procedimentos violam restrições e limitações impostas pela LRF”.

Para o TCU, o governo deixou de repassar ao menos R$ 40 bilhões de verbas ao BB, à Caixa e ao BNDES para pagar programas como seguro-desemprego, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família. Os bancos bancaram os compromissos com recursos próprios.

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