Menos de uma semana após protocolar o requerimento de criação da CPI do BNDES, a oposição apresentou mais um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito: a que investigará indícios de aplicação incorreta dos recursos e de manipulação na gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos.
A iniciativa de lideranças do DEM, PSDB e PPS teve o apoio de 186 deputados. Os possíveis desvios ocorridos entre 2003 e 2015 causaram prejuízos milionários a esses fundos, que administram mais de R$ 452 bilhões.
“O aparelhamento político dos Fundos de Previdência Complementar, que têm funcionários de estatais e servidores públicos como participantes, associado aos prejuízos milionários recorrentes e decorrentes de sua má gestão, assinalam mais um possível foco de corrupção que carece ser investigado com a máxima urgência”, defendem os parlamentares.
“Quem paga o prejuízo são os participantes dos fundos e o contribuintes do Tesouro, que são, ao fim e ao cabo, as mesmas pessoas”, alertam os parlamentares.
Para os congressistas, a situação se agrava diante das evidencias da participação de quadrilhas na gestão de seus patrimônios.
Com a instalação da CPI, serão investigados a Fundação dos Economiários Federais (Funcef), a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI) e o Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).